segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Crônicas de uma alma solitária



7:30 “Ele” acordou, olhou ao redor, viu paredes brancas e azuis e tudo um mundo que deixaria para traz em mais ou menos uma hora. Toca os pés no chão frio, observa a janela testemunha de vários momentos. O dia está cinza, chuvoso, triste. Como se a cidade chorasse a partida de mais um anônimo cujo objetivo principal na vida é tentar ser feliz, talvez a felicidade esteja na busca em si, no meio e não no fim.
Ele foi ao banheiro, tomou banho, escovou os dentes, dirigiu-se a cozinha, fez café. Nesse entremeio recebeu uma mensagem no celular. Deliciosa mensagem.

Sentindo aquele sabor meio amargo, meio doce, sem saber se este frenesi de sensações é o simples efeito do paladar no primeiro sabor do dia ou se tudo que está acontecendo é responsável por tal efeito. Viu as horas, chamou um taxi então dirigiu-se a uma última despedida antes de partir.


No aeroporto se deu conta do quão distante está deste mundo de consumo, mesmo ciente que é nele que está inserido.
Chegando a nova cidade, após instalar-se provisoriamente em um hotel foi ver o mar, molhar os pés, sentir o vento litorâneo e por fim comer algo.

Só, sempre só, pois, ele sabe que é o primeiro dia de vários que se seguirão. Que esta jornada seja plena...