quinta-feira, 21 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Chega de discursos vazios!

Ultimamente tenho visto (lido) diversas pessoas esbravejando, militando contra mineração, crescimento industrial, etc. sempre em veículos de comunicação contemporâneos como a internet regada com sites de relacionamentos e blogs (como este em que escrevo).
O que mais me intriga nessa postura ativista não é sua legitimidade, que devo concordar que realmente é sensata e legítima em si, e sim a verborragia ativista que não reflete sobre o fato de sua intrínseca e arraigada inserção em um sistema pautado no consumo.

Portanto, antes de criticar as atividades minerarias e industriais temos de fazer nossa mea culpa, pois divulgamos nossos protestos de lap tops de última geração, sacamos nossos celulares ultramodernos e marcamos encontros para protestar contra a produção do mesmo, pegamos nossos carros do ano, com ABS, airbag, som com mp3, etc. e queimando combustível fóssil vamos praticar nossas atividades de lazer, ou trabalho Quando pensamos que agimos de maneira ecologicamente correta deixando o carro em cara para usa bicicleta temos de ter em mente que ela também é fruto desse processo industrial que demanda minério, utiliza lubrificantes e produtos sintéticos derivados de petróleo.

Pensamos sermos “ecologicamente corretos” quando usamos etanol, mas, o que parece ser uma atitude ecológica nada mais é que uma alternativa de perpetuação do próprio sistema. Espero não estar vivo para presenciar um fenômeno que só de pensar me dá arrepios que é o fato de com o advento do uso de etanol em lugar do combustível fóssil (petróleo) pararemos de plantar alimento para plantar combustível.

Pessoalmente acredito que “desenvolvimento sustentável” é um paliativo, uma estratégia (pensada por intelectuais ou não) para perpetuar o modo de vida que estamos inseridos.

Portanto, o que quero aqui é lançar uma reflexão mais crítica a respeito de posturas que são extremamente legítimas, mas, que estão muito aquém de um efetivo resultado. Precisamos pensar é em uma mudança de paradigma, onde consigamos pensar em alternativas e este sistema pautado no consumo e na acumulação de capital.

sábado, 9 de outubro de 2010

Discurso Burocrático


(Mombojó)

encareceu o pedido e se livrou de uma sessão
amolando a faca e discutindo concessões
mesmo com todo mito eu me atiro
até ganhar no grito ou em sigilo
ostento todo lucro do infinito
eu sou o espelho do mundo e estou no vício
parece ser difícil mas não
tá todo mundo dançando a nostalgia do verão

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Auto De Zé Limeira



Cabruêra

No sertão, sob o sol da Borborema.
Numa terra regada a pedra e osso
O lagarto equilibra seu pescoço
Com a cauda apontando a parte extrema
O seu corpo parece um teorema
De incógnitas perdidas na paisagem
Há um corte suspenso nessa imagem
Vertical, fura o Jabre as nuvens raras.
Batizado nas águas do Espinharas
Zé Limeira parece uma visagem.

Apesar de sertão o clima é frio
Frio e seco como soi acontecer
Nessa terra em que a vida quer nascer
E só nasce vencendo um desafio:
O verter-se em esforço no vazio
Que abomina, assustando a floração.
Dessa forma estrangula o seu pulmão
Com as garras astutas de um tridente
(a esmola na cuia do indigente)
Zé Limeira transforma pedra em pão



Para o frio noturno e o sol diário
Indumentos que imitam passarinho
Variando da mescla para o linho
E alpercatas cruzando o pó calcáreo
(Uma orquídea vestida em um sudário;
uma túnica sobre os mandacarus)
Macambira cruzada com umbus,
Resistentes espécies da secura
Água/sal versus rocha/rapadura
Zé Limeira vencendo os urubus.

Se o passado contasse verdadeiro
O olhar de quem olha saberia
Que há bilhões de instantes não havia
Um lugar sem brasão e sem letreiro
Sobre o qual há carcaças no terreiro
E Reis Magos são quadro empoeirado
Mas um Astro Cadente iluminado
Se aloja tal/qual um caranguejo
A suar no mormaço sertanejo
Zé Limeira é o Verbo Anunciado



Pare o tempo, o vento, o mundo inteiro,
As espécies, os bichos, as vontades.
Pare o mal e parem as maldades
Pare o bem, o bom. Pare o luzeiro
Que alumia e que queima o juazeiro,
Pare a força dessas contradições,
Pare a regra geral das ilusões
E a caldeira que energiza tudo
Pois do alto do céu vem um entrudo
Zé Limeira puxando seus cordões!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

"E tudo mudou..."


Recebi este texto por e-mail e ele estava atribuido a Luiz Fernando Veríssimo. Se realmente for dele, estão aí os créditos, se não, espero encontrar o verdadeiro autor para dar-lhe o crédito necessário. Espero ter a honra de receber a visita do Luiz Fernando Veríssimo em meu humilde e mal escrito blog assim ele poderá dizer se é dele este texto.
Enfim, o interessante é que a vida nos presenteia com pequenas sutilezas que na maioria das vezes não nos damos conta, o fato é que este poema me fez pensar um pouco mais no caminho e menos caminhada...


E tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,

Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Hora do Planeta


No sábado, 27 de março, entre 20h30 e 21h30 (hora de Brasília), o Brasil participa oficialmente da Hora do Planeta. Das moradias mais simples aos maiores monumentos, as luzes serão apagadas por uma hora, para mostrar aos líderes mundiais nossa preocupação com o aquecimento global.

A Hora do Planeta começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades participaram. No ano passado, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro. Além disso, artistas, atletas e apresentadores famosos ajudaram voluntariamente na campanha de mobilização.

Em 2010, com a sua participação, vamos fazer uma Hora do Planeta ainda mais fantástica!
Existem diversas formas de participação. A primeira delas é se cadastrar. É bem rápido. O cadastro dos participantes é a principal maneira que temos de avaliar quantas pessoas apagaram as luzes. Os participantes brasileiros serão somados com os de outros países, formando uma grande corrente pelo futuro do planeta. Os nomes das empresas cadastradas vão aparecer na página Quem Já aderiu. Clique aqui e veja a lista de quem já aderiu.

O próximo passo é espalhar a mensagem da Hora do Planeta para o maior número possível de pessoas. Convide familiares, amigos, colegas e membros da sua comunidade para participarem também.

Se você utiliza as mídias sociais, como Orkut, Twitter, Youtube e Facebook, use essas ferramentas para falar com os seus amigos. Publique as notícias sobre a Hora do Planeta produzidas pelo WWF-Brasil. Dê o link para vídeos e fotos sobre o movimento postados na internet.

Saiba o que acontece no mundo inteiro na Hora do Planeta. Clique aqui ou acesse www.earthhour.org.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Parabéns as mulheres!


Mulheres!

Nos completam, nos fazem sermos o que somos.
São portadoras da vida, amamentam, criam.

Poderia dizer um monte de coisas enaltecendo as mulheres nesse dia, mas, muito mais que palavras, elas precisam de atitudes. Portando, fica registrado aqui uma singela homenagem ao dia internacional das mulheres por tudo que elas representam em um mundo tão desigual.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mente aberta!


"Deixar que os fatos sejam fatos naturalmente, sem que sejam forjados para acontecer.
Deixar que os olhos vejam pequenos detalhes lentamente.
Deixar que as coisas que lhe circundam estejam sempre inertes, como móveis inofensivos, pra lhe servir quando for preciso, e nunca lhe causar danos morais, físicos ou psicológicos."
Chico Science

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Maquinado



"Um milésimo de segundo pode diferenciar o melhor do pior, o certo do errado, o longe do perto, o antigo do novo. O maior amigo do homem só entende certo e errado, verdadeiro e falso, ligado e desligado, só entende 01. A revolução da matemática da arte será televisionada. A mecanização do raciocínio entrará no ápice e a poesia científica largamente utilizada. Os novos maquineistas são Hackers. A cada milésimo de segundo um colapso celestial. A cada milésimo de segundo um terminal explode em comandos. Aberto o templo para as preces em códigos Binários."
>>Maquinado

"Assim como você também sou feito de tempestade e sonho, sou feito de porcas, roscas, fios, parafusos, borracha, dobras e sons. Eu a máquina conscienciosa. O liquidificador que grita eu! E extrai a canção do metal. Eu a bebedeira que chora e ri. A lâmpada confusa. O refrigerador que ama."
>> Biu



Ele saiu de casa a tarde, foi caminhar na praia, sentir a areia nos seus pés e, vez por outra, a água morna do mar. Ouvindo música ele caminha deixando para traz apenas pegadas na areia que se esvaem ao sabor da ondas.
Seus pensamentos voam longe, desde suas metas e perspectivas, até o que tem acontecido no mundo. Caminhar sempre faz bem a sua alma, pois é um bom momento para refletir...
Sozinho nesse ínfimo espaço é tudo o que resta, parece uma prisão, mas, o que seriam prisões?
A mente é uma grande prisão, nos aprisiona em nós mesmos e por conseqüência, do resto do mundo. Quero Morfina (como disse alguém), quero paz, quero felicidade. Todo mundo quer essas coisas, mas, por que então é tão difícil alcançá-las?
Agora o destino está traçado...